Nesta quarta-feira (27), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto nº 12.595/2025, que regulamenta a implantação da TV 3.0 no Brasil, considerada um marco histórico para a radiodifusão. A nova tecnologia, também chamada de DTV+, começará a ser disponibilizada a partir de 2026, trazendo avanços significativos em qualidade de imagem, som e interatividade.

Presenças no ato

A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, reuniu autoridades do governo, dirigentes de entidades e representantes das principais redes de televisão do país. Estiveram presentes os ministros Frederico Siqueira Filho (Comunicações), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação da Presidência).

Entre os executivos da radiodifusão estiveram Paulo Marinho, presidente da TV Globo; Renata Abravanel, presidente do Conselho de Administração do Grupo Silvio Santos, representando o SBT; João Carlos Saad, presidente do Grupo Bandeirantes; João D’Alevo, presidente da RedeTV; Marcus Vinícius, representando a Record TV; e João Monteiro de Barros Neto, da Rede Vida.

Também marcaram presença líderes das entidades do setor: Tonet Camargo (AIR), Flávio Lara Resende (ABERT), Márcio Novaes (ABRATEL), além de Luiz Arthur Abi Chedid, presidente da AESP, e Rafael Pizani, vice-presidente da entidade, junto a outros representantes e autoridades.

O que muda com a TV 3.0

A TV 3.0 é baseada no padrão tecnológico ATSC 3.0, já adotado em países como Estados Unidos e Coreia do Sul, e representa um salto na experiência da televisão aberta e gratuita no Brasil. Entre as novidades estão:

Imagem em altíssima definição (4K a 8K), com cores mais vivas e maior alcance dinâmico.

Som imersivo, com qualidade próxima às grandes plataformas digitais.

Acessibilidade ampliada, com legendas configuráveis, audiodescrição e intérprete de Libras em tempo real.

Interatividade, permitindo acesso a aplicativos das emissoras, votações ao vivo, escolha de câmeras e até serviços públicos por meio do Gov.br.

Alertas de emergência, garantindo comunicação eficiente em situações de risco.

Segundo o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, a transição reafirma o compromisso de manter a TV aberta como um serviço gratuito, democrático e acessível a toda a população.

Implantação e cronograma

O decreto estabelece que a implantação será gradual:

As primeiras transmissões em TV 3.0 estão previstas para 2026, inicialmente nas grandes capitais.

O sistema atual (TV digital 2.0) e a TV 3.0 conviverão em paralelo por até 15 anos, garantindo tempo de adaptação para a indústria e os telespectadores.

Fabricantes de televisores e conversores deverão seguir regras específicas, incluindo a exibição obrigatória e destacada dos ícones das emissoras, sem possibilidade de reconfiguração automática.

Além disso, o modelo permitirá canais compartilhados e multiprogramação, abrindo espaço para inovação, novos conteúdos e diferentes formas de operação no setor.

Repercussão no setor

O avanço da TV 3.0 é visto como uma oportunidade para recuperar espaço publicitário hoje dominado pelas redes sociais, já que a nova plataforma permitirá anúncios mais precisos e segmentados por região.

Para a radiodifusão, trata-se de um marco que combina modernização tecnológica, inclusão social e fortalecimento da soberania digital do país.

Um novo capítulo para a radiodifusão

A regulamentação da TV 3.0 representa o início de uma nova era para a televisão aberta no Brasil. Com qualidade de cinema, som imersivo e interatividade inédita, a radiodifusão brasileira reafirma seu papel de relevância nacional, unindo tradição, inovação e compromisso com a informação acessível e gratuita para todos.

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